Frauke Petry |
"Sete décadas depois do fim da II Guerra Mundial, um partido de extrema-direita está a tornar-se a terceira maior força política na Alemanha (...)
O partido liderado desde Julho do ano passado por Frauke Petry, uma ex-empresária da indústria química de 40 anos nascida em Dresden, na Alemanha de Leste, passou a estar representado nos parlamentos regionais de oito estados federados - metade dos 16 que formam a Alemanha Federal. E as possibilidades de entrar no Parlamento em Berlim nas eleições legislativas de Outubro de 2017 crescem cada vez mais. (...)
Frauke Petry é um rosto feminino jovem e muitas vezes sorridente, num partido novo - com cerca de três anos - formado por homens brancos de certa idade. Os fãs comparam-na com a actriz norte-americana Audrey Hepburn e os adversários à líder da Frente Nacional, Marine Le Pen. (...)
A AfD é um reflexo do que acontece na paisagem política de extrema-direita alemã, em que há desde neonazis até aos alinhados com a nova direita europeia, cristãos radicais e alinhados com Israel; há várias vozes fortes no interior deste partido. "É uma colecção de ideólogos radicais cristãos, veteranos militares arquiconservadores, professores de economia muito emproados e empresários desiludidos. É uma colecção estranha - e que se tem mostrado vulnerável a tentações radicais", escreve a revista ["Der Spiegel"] alemã.
O partido liderado desde Julho do ano passado por Frauke Petry, uma ex-empresária da indústria química de 40 anos nascida em Dresden, na Alemanha de Leste, passou a estar representado nos parlamentos regionais de oito estados federados - metade dos 16 que formam a Alemanha Federal. E as possibilidades de entrar no Parlamento em Berlim nas eleições legislativas de Outubro de 2017 crescem cada vez mais. (...)
Frauke Petry é um rosto feminino jovem e muitas vezes sorridente, num partido novo - com cerca de três anos - formado por homens brancos de certa idade. Os fãs comparam-na com a actriz norte-americana Audrey Hepburn e os adversários à líder da Frente Nacional, Marine Le Pen. (...)
A AfD é um reflexo do que acontece na paisagem política de extrema-direita alemã, em que há desde neonazis até aos alinhados com a nova direita europeia, cristãos radicais e alinhados com Israel; há várias vozes fortes no interior deste partido. "É uma colecção de ideólogos radicais cristãos, veteranos militares arquiconservadores, professores de economia muito emproados e empresários desiludidos. É uma colecção estranha - e que se tem mostrado vulnerável a tentações radicais", escreve a revista ["Der Spiegel"] alemã.
A ligação Pegida
Uma coisa é óbvia: a AfD tem uma proximidade óbvia com o braço político do Pegida, vários políticos da AfD sobem ao palco nas manifestações e usam expressões semelhantes às de Lutz Bachmann, o líder do Pegida. A mais conhecida será "imprensa mentirosa" - um termo usado pelo regime nazi nos anos 1930, ao chegar ao poder na Alemanha.
A "imprensa-Pinóquio", que assim é acusada de mentir, em 'slogans' cantados nas manifestações da Pegida, servem a Lutz para recusar falar com os 'media'. Mas, por outro lado, Lutz, que teve de se afastar durante algum tempo depois de ter sido divulgada uma foto sua mascarado de Hitler, explora notícias publicadas em qualquer meio de comunicação social, por mais incríveis ou não confirmadas que sejam, para espalhar o medo, através do Facebook, onde tem cerca de 20 mil seguidores.
A "imprensa-Pinóquio", que assim é acusada de mentir, em 'slogans' cantados nas manifestações da Pegida, servem a Lutz para recusar falar com os 'media'. Mas, por outro lado, Lutz, que teve de se afastar durante algum tempo depois de ter sido divulgada uma foto sua mascarado de Hitler, explora notícias publicadas em qualquer meio de comunicação social, por mais incríveis ou não confirmadas que sejam, para espalhar o medo, através do Facebook, onde tem cerca de 20 mil seguidores.
do artigo "Ser do contra é o programa da nova extrema-direita alemã" por Clara Barata, Público, Dom 20 Março 2016
Sem comentários:
Enviar um comentário