SALMONinguém nos moldará de novo em terra e barro,ninguém animará pela palavra o nosso pó.Ninguém.Louvado sejas, Ninguém.Por amor de ti queremosflorir.Em direçãoa ti.Um Nadafomos, somos, continuaremosa ser, florescendo:a rosa do Nada, ade Ninguém.Com o estilete claro-de-alma,o estame ermo-do-céu,a corola vermelhada purpúrea que cantámossobre, oh sobreo espinho.Trad. de João Barrento (1996)
SALMO
ResponderEliminarNinguém nos moldará de novo em terra e barro,
ninguém animará pela palavra o nosso pó.
Ninguém.
Louvado sejas, Ninguém.
Por amor de ti queremos
florir.
Em direção
a ti.
Um Nada
fomos, somos, continuaremos
a ser, florescendo:
a rosa do Nada, a
de Ninguém.
Com
o estilete claro-de-alma,
o estame ermo-do-céu,
a corola vermelha
da purpúrea que cantámos
sobre, oh sobre
o espinho.
Trad. de João Barrento (1996)