domingo, 31 de julho de 2016

Vitebsk: uma pátria para Marc Chagall?

Apesar de Marc Chagall ter passado quase toda a sua vida em terra francesa, uma fuga ao nazismo impôs-lhe um intervalo americano de seis anos, Vitebsk, cidadezinha, na Rússia, que o viu nascer, nunca o abandonou, perfilando-se como linha segura entre o pintor e o judaísmo. Um útero espiritual, refúgio onde Chagall encontrava casa para as suas memórias.

Marc Chagall, «Sobre Vitebsk», c. 1914

Neste quadro podemos observar a catedral de Vitebsk, do século XVII. À sua volta, aproximadamente, seiscentas casas pertencentes às famílias mais abastadas da cidade. Poucas delas pertenciam a judeus. Estes, contrariamente ao protótipo do judeu abastado, habitavam os bairros pobres, em humildes choupanas, agrupadas em torno de angulosas vielas.
Marc Chagall, «A Casa cinzenta em Vitebsk», c. 1917

Nessas vielas encontrava-se o armazém do pai de Chagall, Zahar Segal, que mudará o nome para "Chagal". Marc acrescentar-lhe-á mais um "l" para facilitar a pronúncia francesa.
Marc Chagall, « Amantes sobre a cidade (Vitebsk)», 1918
Marc Chagall, «Praça do Mercado, Vitebsk», 1917

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