Apesar de Marc Chagall ter passado quase toda a sua vida em terra francesa, uma fuga ao nazismo impôs-lhe um intervalo americano de seis anos, Vitebsk, cidadezinha, na Rússia, que o viu nascer, nunca o abandonou, perfilando-se como linha segura entre o pintor e o judaísmo. Um útero espiritual, refúgio onde Chagall encontrava casa para as suas memórias.
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Marc Chagall, «Sobre Vitebsk», c. 1914
Neste quadro podemos observar a catedral de Vitebsk, do século XVII. À sua volta, aproximadamente, seiscentas casas pertencentes às famílias mais abastadas da cidade. Poucas delas pertenciam a judeus. Estes, contrariamente ao protótipo do judeu abastado, habitavam os bairros pobres, em humildes choupanas, agrupadas em torno de angulosas vielas.
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Marc Chagall, «A Casa cinzenta em Vitebsk», c. 1917
Nessas vielas encontrava-se o armazém do pai de Chagall, Zahar Segal, que mudará o nome para "Chagal". Marc acrescentar-lhe-á mais um "l" para facilitar a pronúncia francesa.
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Marc Chagall, « Amantes sobre a cidade (Vitebsk)», 1918 |
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Marc Chagall, «Praça do Mercado, Vitebsk», 1917 |
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